domingo, 26 de agosto de 2012

Resumo da viagem


Viajamos 28 dias, ao total.

Na ida, levamos dez dias até Natal, em virtude do concurso do Vitor. Portanto, a volta foi mais proveitosa nos quesitos: conhecer lugares e aproveitar as praias.

A rodovia básica da viagem foi a BR-101, principalmente de sul a norte, depois intercalamos esta rodovia com outras mais litorâneas.

Trafegamos por trechos da BR-101 bem ruins: pista simples em praticamente todo o Espírito Santo, por causa de excessivos buracos (Sul da Bahia, Alagoas, Pernambuco), obras de duplicação (Sergipe, Pernambuco, Alagoas). Quebra-molas gigantes e em quantidade exagerada na Bahia.

A despesa com pedágios, no fim, foi menor do que esperávamos. O Nordeste, pra nossa alegria, quase não tem pedágio, só encontramos um em Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco, em uma rodovia litorânea em perfeitas condições. Gastamos R$55,90 na ida e R$51,00 na volta. O pedágio mais caro foi no Rio de Janeiro, R$14,30 (tarifa diferenciada no fim-de-semana) na saída da Rio-Niterói em direção a região dos Lagos. Os mais baratos na BR-101 sul, em Santa Catarina, mas em compensação são diversas praças de pedágio a pouco distância uma da outra.

No total utilizamos 769 litros de gasolina. O carro fez uma média de 13,65km/L, considerando estrada, trânsito urbano, ar condicionado ligado praticamente todo o tempo. Foram R$2.118,00 em abastecimento, sendo que o litro da gasolina mais barato foi em São Paulo, em Juquiá a R$2,44 e o mais caro no Rio de Janeiro, em Mangaratiba a R$3,15.

O preço médio de hospedagem para nós três foi de R$100,00 por diária, em acomodações econômicas, tentamos a hospedagem em camping como alternativa mais barata, mas chegamos a conclusão que a pequena diferença nos valores não compensava o desconforto maior.

Do sul da Bahia até Santa Catarina


Saindo de Trancoso o que nos esperava a partir de então era estrada e estrada.


De volta para o Rio Grande do Sul, as paradas agora seriam para dormir e outras necessidades, sem tempo para ficar explorando mais lugares novos. Dormimos no Espirito Santo, de novo na Stop Sul Pousada, onde já havíamos sido muito bem atendidos pelo Nelson e pela Paloma.
Tínhamos combinado conhecer a região dos Lagos, no Rio de Janeiro. Inicialmente o combinado era ficar por lá alguns dias, mas não teve jeito, não havia mais tempo. Mas, ao menos aproveitamos para passear naquela região, a fim de programar nossa passada pela capital carioca em horário de trânsito mais tranquilo.
Almoçamos em Rio das Ostras, curtimos um pouco o lugar, que é muito bonito. Fomos a Búzios, onde acabamos só andando de carro, visto o movimento intenso do trânsito e a dificuldade de estacionar.


Seguimos adiante e fomos para Cabo Frio, resolvendo ficar por lá até a noite, para evitar de passar na capital do Rio no horário do “rush”. Passeamos bastante, apreciamos a areia branca e finíssima, a água transparente e gelada do mar e um por- de-sol inesquecível. Muito Lindo!!








A noite fomos adiante, agora a intenção era ir até onde pudéssemos, para adiantar a viagem. Foi um pouco tenso em virtude do movimento e do adiantado da hora, rodamos até as 3 horas da madrugada, indo pousar em Ubatuba, litoral norte de São Paulo. Mas ao mesmo tempo nos divertimos bastante, sendo ouvindo funk e inventando novas letras (tcha tcha tcha), seja rindo (depois!!!) da fria que nos metemos ao parar o carro, para que eu trocasse de lugar com o Vinícius, junto a uma tocaia da PM do Rio, na estrada.
Saímos de Ubatuba cedinho, depois de um farto café da manhã (o dono da pousada se assustou com o apetite dos rapazes hehehehe), seguindo até Laguna, em Santa Catarina, quando paramos para dormir.


No outro dia era seguir viagem e chegar em casa, que o Vinícius já estava com saudades da namorada!

Praia do Espelho


Olhamos nossos mapas, fizemos algumas consultas na internet e nos preparamos para sair bem cedo na manhã seguinte, para conhecer a praia do Espelho e as praias de Caraíva, pois as estradas eram de chão e tínhamos notícia de que eram bem ruins. No outro dia, confirmamos as informações, levamos mais de uma hora para fazer um trecho de 19km, mas de bela paisagem e com comunidades do interior e indígenas pelo caminho, até a praia do Espelho.


Já do estacionamento, onde deixamos o carro, foi possível ter uma prévia da beleza que nos esperava, a praia do Espelho e as outras (das quais não sabemos os nomes) são fantásticas! De rara beleza!


O Vinícius sentou num bar (aliás bem caros os bares existentes na praia), para tomar algo e ficar se deslumbrando com a paisagem.

Eu e o Vitor saímos a caminhar e aproveitamos para tomar vários banhos nas diferentes praias que íamos descobrindo no caminho e registrar o momento através de muitas fotos.




 Águas cristalinas de uma coloração incrível em diversas prainhas, separadas pelo contorno das falésias, com piscinas naturais e semidesertas. Este foi um dos lugares mais lindos que conhecemos na viagem.


Voltamos para buscar o Vinícius, ele precisava ver aquilo tudo também e aproveitar a água transparente e morna que estava ótima para banho. Quando retornamos com ele a maré tinha baixado e em vários locais não dava mais para tomar banho, de tão raso.




Decidimos ficar na praia do Espelho o dia todo, e abrirmos mão de ir a Caraíva desta vez. Esperamos poder voltar lá em seguida, pois as belezas dos lugares que visitamos prometem outras tantas belas surpresas no litoral sul da Bahia.

domingo, 27 de maio de 2012

Rumo à Trancoso


De Itacaré saímos no domingo (12/02), bem cedo. Queríamos conhecer Caraíva e arredores, no sul da Bahia.
Como tínhamos informação de que as estradas de acesso para Caraíva eram ruins e que teríamos que deixar o carro em um estacionamento, já que não era possível acessar a comunidade de carro, por isso pensamos em ficar em uma cidade próxima. Acabamos optando por Trancoso (que fica próximo a Porto Seguro, mas é bem mais tranquila, sem aquelas excursões infinitas - arghh!!) cidade mais próxima de Caraíva, ao norte, no litoral. Passamos o dia na estrada e chegamos ao final da tarde em Trancoso, cansados e logo fomos atrás de um local para nos hospedarmos. Encontramos a Pousada Tamarindo, com preços ótimos, excelentes acomodações e um café da manhã delicioso servido ao lado da pousada, em outro estabelecimento.
 Descanso na rede após o almoço em um restaurante às margens da BR101, na Bahia

Descobrimos que existem duas ou três Trancoso, ou quem sabe mais e a gente não tenha visto. A Trancoso chique do Quadrado (uma grande praça retangular, com suas casas e igreja antiguíssimas, bem preservadas e abrigando bares, restaurantes e pousadas (de dia tem uma vista linda do mar e de noite dá para apreciar o céu estrelado, como se estivéssemos dentro da Via-Láctea). A Trancoso popular com variedade de comércios e serviços (onde se encontra bares e restaurantes  com qualidade e preços convidativos, e dentre eles um restaurante em especial, onde fomos maravilhosamente atendidos e matamos as saudades de comer uma boa carne assada, que escolhíamos ainda crua e era assada na churrasqueira em seguida, e cervejas bem geladas, a preços muito bons). E ainda a Trancoso das praias bonitas e aconchegantes, sendo que o caminho até elas conta com muitos coqueiros, casas e pousadas e, as estradas são de chão.
 Aproveitando a noite no Quadrado, no Centro de Trancoso. Foto na porta da igrejinha.

 Seu Manoel, famoso vendedor de abacaxi na beira da praia, Praia dos Coqueiros, em Trancoso.

 Embarcações na Praia dos Coqueiros.

 Praia dos Coqueiros

No dia seguinte fomos conhecer a Praia do Espelho, e voltamos no meio da tarde para Trancoso, onde fizemos um lanche, pois ainda não tínhamos almoçado, e fomos conhecer as praias do lugar, bem bonitas. Ficamos com a impressão que precisaríamos de muitos outros dias para aproveitar o sul da Bahia e conhecer mais, pois a praia do Espelho e Trancoso nos encantaram.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Itacaré

As praias de Itacaré não são o seu forte, ao menos ao nosso ver. Há algumas praias pequenas e bonitas, próprias para surf e duas praias de águas calmas – a praia da Coroa, que apesar de calma não era frequentada para banho (talvez por ser junto ao mangue do rio Coroa ou talvez por ser poluída, não averiguamos); e a praia da Concha, com várias barracas em sua orla e muitos vendedores ambulantes, boa para banho. Ficamos nesta última, na pousada Itacaré.

Nas duas fotos acima, Praia da Concha, em Itacaré

O que mais nos agradou em Itacaré foi o centrinho, que ferve de pessoas a noite, possui muitas lojas de artesanato e restaurantes diversificados na rua Pedro Longo.

Movimento de turistas e moradores no centrinho de Itacaré, uma atração à parte

Comemos um delicioso sushi na primeira noite que passamos lá. Os sashimis eram elaborados com Robalo (peixe branco) e Albacora (atum), extremamente frescos e saborosos. Na noite seguinte, jantamos o tradicional acarajé da Bahia, feito pela Vó Keka bem no centrinho.

Acarajé completo e bem recheado

Seguimos viagem depois de dois dias em Itacaré, rumo a Trancoso, mais ao sul do estado. Paramos em um mirante, em Serra Grande, que nos proporcionou uma vista encantadora de várias praias ao sul do costão em que se localiza o mirante.

Vista de uma das praias desde o mirante de Serra Grande

Vida difícil essa de viajar pela Bahia, merecemos ao menos uma pausa para o coco gelado


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Bahia

Apesar de termos nos encantado com Sergipe e sua Capital na vinda, tivemos que resistir a vontade de ficar mais uns dias por lá e de descobrir outras maravilhas do estado na volta, então, Sergipe desta vez foi só estrada e uma breve parada para o almoço.
Cruzando Sergipe, em direção à Bahia

A Bahia prometia muito, com toda sua extensão e diversidade litorânea, mas nosso tempo já era curto, pois tínhamos demorado um pouco mais do que prevíamos em Alagoas, em virtude de suas belas praias. Já havíamos decidido que não iríamos a Salvador, em virtude do tempo e da questão da greve da polícia militar que estava ocorrendo.

Peculiaridades da Costa do Dendê: cachos de cocos de dendê amontoados junto à estrada

A noite se aproximava e ainda estavámos longe de nosso primeiro destino na Bahia: Itacaré

Então, como o tempo estava ficando escasso, fomos direto ao sul da Bahia em direção a Itacaré. No caminho tivemos que parar para pousar, pois não seria possível chegar em segurança naquele mesmo dia ao nosso destino, pousamos em Valença, numa pousada simples e barata.
Notamos que Valença vive muito em função do turismo da ilha Morro de São Paulo, já que está localizada próxima e oferece opções mais baratas de hospedagem.

O trânsito na Bahia, nas cidades que passamos e na BR-101 é um pouco caótico, e sair de Valença nos demonstrou isto mais uma vez. Seguimos pela BA-001 de Valença até Itacaré, com chuva em parte do trecho.

Este detalhe não se refere ao caos no trânsito, mas sim a uma particularidade regional, o transporte de carga por animais em cestos de vime, em Valença


E o rio São Francisco, o velho Chico

Uma das ideias dessa viagem era fazer o passeio de barco pela foz do rio São Francisco, afinal, o velho Chico é mais que uma referência geográfica, é um patrimônio cultural do Nordeste. O tempo, contudo, nos fez declinar da possibilidade, mas em todo caso passamos em Piaçabuçu, cidade ribeirinha próxima da barra do rio, de onde saem embarcações para navegar pela foz.

As comunidades ribeirinhas vivem em função do rio, seja pela pesca, pelas atividades de suporte ao turismo, ou ainda outras mais tradicionais, como a lavação de roupas na margem do rio, que presenciamos nessa visita.
Embarcações no rio São Francisco, em Piaçabuçu, Alagoas

Depois de Piaçabuçu seguimos até Penedo, cidade conhecida por seu patrimônio histórico preservado. Ali, cruzamos de balsa o São Francisco, para chegar a Neópolis, na outra margem, cidade sergipana, de onde seguimos nosso rumo com o objetivo de chegar à Bahia ainda nesse dia.
Prédios históricos no centro de Penedo - Alagoas, próximo do ponto de embarque da balsa

Não foi como o passeio pela foz, mas ao menos podemos dizer que cruzamos o velho Chico!