terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Itacaré

As praias de Itacaré não são o seu forte, ao menos ao nosso ver. Há algumas praias pequenas e bonitas, próprias para surf e duas praias de águas calmas – a praia da Coroa, que apesar de calma não era frequentada para banho (talvez por ser junto ao mangue do rio Coroa ou talvez por ser poluída, não averiguamos); e a praia da Concha, com várias barracas em sua orla e muitos vendedores ambulantes, boa para banho. Ficamos nesta última, na pousada Itacaré.

Nas duas fotos acima, Praia da Concha, em Itacaré

O que mais nos agradou em Itacaré foi o centrinho, que ferve de pessoas a noite, possui muitas lojas de artesanato e restaurantes diversificados na rua Pedro Longo.

Movimento de turistas e moradores no centrinho de Itacaré, uma atração à parte

Comemos um delicioso sushi na primeira noite que passamos lá. Os sashimis eram elaborados com Robalo (peixe branco) e Albacora (atum), extremamente frescos e saborosos. Na noite seguinte, jantamos o tradicional acarajé da Bahia, feito pela Vó Keka bem no centrinho.

Acarajé completo e bem recheado

Seguimos viagem depois de dois dias em Itacaré, rumo a Trancoso, mais ao sul do estado. Paramos em um mirante, em Serra Grande, que nos proporcionou uma vista encantadora de várias praias ao sul do costão em que se localiza o mirante.

Vista de uma das praias desde o mirante de Serra Grande

Vida difícil essa de viajar pela Bahia, merecemos ao menos uma pausa para o coco gelado


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Bahia

Apesar de termos nos encantado com Sergipe e sua Capital na vinda, tivemos que resistir a vontade de ficar mais uns dias por lá e de descobrir outras maravilhas do estado na volta, então, Sergipe desta vez foi só estrada e uma breve parada para o almoço.
Cruzando Sergipe, em direção à Bahia

A Bahia prometia muito, com toda sua extensão e diversidade litorânea, mas nosso tempo já era curto, pois tínhamos demorado um pouco mais do que prevíamos em Alagoas, em virtude de suas belas praias. Já havíamos decidido que não iríamos a Salvador, em virtude do tempo e da questão da greve da polícia militar que estava ocorrendo.

Peculiaridades da Costa do Dendê: cachos de cocos de dendê amontoados junto à estrada

A noite se aproximava e ainda estavámos longe de nosso primeiro destino na Bahia: Itacaré

Então, como o tempo estava ficando escasso, fomos direto ao sul da Bahia em direção a Itacaré. No caminho tivemos que parar para pousar, pois não seria possível chegar em segurança naquele mesmo dia ao nosso destino, pousamos em Valença, numa pousada simples e barata.
Notamos que Valença vive muito em função do turismo da ilha Morro de São Paulo, já que está localizada próxima e oferece opções mais baratas de hospedagem.

O trânsito na Bahia, nas cidades que passamos e na BR-101 é um pouco caótico, e sair de Valença nos demonstrou isto mais uma vez. Seguimos pela BA-001 de Valença até Itacaré, com chuva em parte do trecho.

Este detalhe não se refere ao caos no trânsito, mas sim a uma particularidade regional, o transporte de carga por animais em cestos de vime, em Valença


E o rio São Francisco, o velho Chico

Uma das ideias dessa viagem era fazer o passeio de barco pela foz do rio São Francisco, afinal, o velho Chico é mais que uma referência geográfica, é um patrimônio cultural do Nordeste. O tempo, contudo, nos fez declinar da possibilidade, mas em todo caso passamos em Piaçabuçu, cidade ribeirinha próxima da barra do rio, de onde saem embarcações para navegar pela foz.

As comunidades ribeirinhas vivem em função do rio, seja pela pesca, pelas atividades de suporte ao turismo, ou ainda outras mais tradicionais, como a lavação de roupas na margem do rio, que presenciamos nessa visita.
Embarcações no rio São Francisco, em Piaçabuçu, Alagoas

Depois de Piaçabuçu seguimos até Penedo, cidade conhecida por seu patrimônio histórico preservado. Ali, cruzamos de balsa o São Francisco, para chegar a Neópolis, na outra margem, cidade sergipana, de onde seguimos nosso rumo com o objetivo de chegar à Bahia ainda nesse dia.
Prédios históricos no centro de Penedo - Alagoas, próximo do ponto de embarque da balsa

Não foi como o passeio pela foz, mas ao menos podemos dizer que cruzamos o velho Chico!

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Barra de Jequiá

No dia seguinte acordamos as 4 horas da manhã para seguir viagem, pois pretendíamos seguir até Itacaré na Bahia, mas este objetivo não nos impediu de ir parando no caminho para fotos do nascer do sol e para ver as lindas praias que se apresentavam. Uma delas nos cativou ainda mais – a praia de Duas Barras no povoado de Barra de Jequiá. Estacionamos o carro e ficamos admirando o lugar, que é lindo, com o rio Jequiá se encontrando com o mar, onde existem algumas ilhas.

Havia uma porteira no acesso para a praia e como era muito cedo não havia ninguém ali, ficamos na dúvida se podíamos entrar, quando apareceu um senhor caminhando e nos disse que podíamos passar e ir até a praia livremente. Seguimos, boquiabertos com tanta beleza. Logo reencontramos Seu Oliveira, que assim se identificou, retornando de sua caminhada, paramos para conversar com ele, que nos forneceu valiosíssimas informações sobre o local, nos mostrou os excelentes apartamentos que tem para alugar, nos presenteou com algumas mangas e com uma cachacinha artesanal que ele prepara como um xarope. Segundo ele, serve de remédio se a pessoa assim acreditar, caso contrário, mal também não faz. Abaixo algumas das fotos que tiramos do belíssimo lugar.




Barra de São Miguel

Depois do passeio de barco, retornamos a pousada para pegar nossas coisas e seguir na estrada, a ideia inicial era ficar em Maceió, mas como estava chovendo bastante na Capital, decidimos ir adiante, conferir umas informações sobre Barra de São Miguel obtidas em um guia quatro rodas de 2008.

O lugar é realmente lindo, mas as opções de hospedagem que encontramos são mais caras do que as que tínhamos enfrentado até então. Quando já estávamos desistindo encontramos a pousada Sonho do Mar, cuja proprietária – Cristina. Negociamos o valor da estadia e ficamos, influenciados por uma parrillera instalada no pátio da pousada.

O aconchegante pátio da Pousada Sonho de Mar, com a parrillera ao fundo

Naquela mesma noite o Vitor fez um ótimo assado para nós que compartilhamos com Cristina, que é argentina, e com dois outros hóspedes da pousada: Francisco e Dino, espanhóis que estavam viajando pelo Brasil. No outro dia acordamos cedo e tomamos um ótimo café da manhã na pousada e logo em seguida fomos conhecer a praia mais próxima, que nos encantou, pois os recifes de corais faziam uma barreira às ondas, formando uma enorme e linda piscina natural em toda a extensão da praia.

Passamos a manhã inteira de molho naquela água verde e transparente, que não deixava nada a desejar em relação as piscinas naturais de Maragogi, pelo contrário, nelas se podia escolher a altura da água para o banho.

Vinícius nadando na piscina da praia da Barramar, em Barra de São Miguel, Alagoas

Resolvemos ficar mais um dia, para conhecer a praia do Gunga, sobre a qual havíamos lido boas indicações, que foram reforçadas por Cristina, que se ofereceu para ir junto conosco, aproveitar o dia. Não temos palavras para descrever a praia do Gunga, antes de chegar na praia há um mirante, onde se observa o encontro da lagoa do Roteiro com o mar, e um coqueiral infinito entre ambos, e que acompanha a costa por quilômetros.

O trio viajante no mirante da praia do Gunga, em Alagoas

Vista do encontro da lagoa do Roteiro com o mar na praia do Gunga

Tradicionais passeios de bugue pela praia do Gunga

Havíamos levado lanche e bebidas, então procuramos uma sombra junto à lagoa para nos instalarmos, ficamos por lá, curtindo os banhos na lagoa, a sombra. Permanecemos até a maré começar a subir e antes que ficasse inviável voltar, fomos para a praia junto ao mar, onde ficamos até o entardecer.


Fotos da praia da lagoa do Roteiro, no Gunga, onde nos instalamos para passar o dia

Maragogi

Enfim, Alagoas. Já estávamos cansados e a missão agora era encontrar um lugar para ficarmos, onde houvesse pouso barato e uma praia boa. Maragogi começou a se apresentar para nós, um vasto mar verde avistado entre coqueirais. Tentamos algumas pousadas, mas os preços estavam salgados, o que nos fez pensar que por ali seria caro para ficar, nessa sensação acabamos por passar do centro de Maragogi, sem chegar. Fomos adiante e encontramos um povoado a beira mar: São Bento, simples e pacato. Encontramos a Pousada Alto das Galés, cujo dono se mostrou acessível na negociação do preço da hospedagem. Resolvemos ficar duas noites, a fim de conhecer as praias do entorno.

Praia de São Bento, em Maragogi, Alagoas

Tivemos dificuldade em encontrar lugar para comer a noite, já que o povoado é pequeno e em fevereiro o movimento de turistas cai bastante no litoral nordestino. Encontramos uma lanchonete na estrada, com salgados gostosos e cerveja bem gelada e mais ao nosso gosto, a preços ótimos.

Como em várias praias do Nordeste, a praia de São Bento dependia da maré, pela manhã o mar estava recuado e possibilitava boas caminhadas, a tarde levamos cadeiras e livros para baixo das sombras dos coqueiros e alternamos leitura a banhos de mar.

Céu azul e os coqueiros garantindo a sombra na praia de São Bento

Combinamos com o dono da pousada um passeio de barco até as piscinas naturais que se formam com maré baixa a seis quilômetros da costa para a segunda-feira, acordamos cedo neste dia e fomos ao centro de Maragogi para o passeio. Descobrimos que há boas opções de hospedagem (inclusive com preços melhores) e de quiosques e restaurantes nas praias do centro.

Pequena embarcação a vela próximo das piscinas naturais, a seis km da costa

As piscinas naturais são lindas, com a água extremamente transparente e areias claras, mas a maré estava um pouco alta para a Angela e o Vitor, que não sabem nadar. Ficou difícil se deslocar do barco até a área de banho, mas chegando nesta parte ficou um pouco mais tranquilo. o Vinícius se divertiu bastante, nadou por lá e aproveitou o snorkel para observar peixes e corais.

Vista da piscina enquanto ainda estávamos no barco

Vinícius mergulhando nas piscinas naturais

Angela e Vitor, fazendo pose para a foto do passeio: amor e parceria até debaixo dágua

Litoral de Pernambuco

Saímos de Olinda com dó, a cidade e suas festas nos conquistaram. Mas precisávamos seguir adiante. Rodamos pelo litoral pernambucano, que oferecia a cada curva um novo e lindo visual. Em Cabo de Santo Agostinho pagamos nosso primeiro (e único) pedágio no Nordeste, R$5,90. Chegamos numa das praias para umas fotos e para almoçar, depois seguimos adiante até o fim da estrada em Gaibu, ao norte do porto de Suape, onde fizemos mais uma paradinha para registrar a beleza da praia.
Lindas praias no litoral de Pernambuco

Em seguida fomos dar uma olhada em Porto de Galinhas (em virtude de sua fama), rodamos um pouco por lá, espiamos as praias e fomos tomar mais uma água de coco, na praia do Muro Alto, com piscinas naturais e água verde, lindíssima.

Praia do Muro Alto, em Porto de Galinhas, Pernambuco, águas cristalinas na piscina natural

Detalhe do "muro" alto, na verdade uma barreira de recifes, que dizem ter 15m de altura

Foi apenas uma pausa pra tomar uma água de coco enquanto apreciávamos a praia

Decidimos seguir até Alagoas ainda naquele dia. Lembrávamos que a BR-101 naquele trecho era péssima, então continuamos pela rodovia estadual que seguia junto ao mar, até porque esta rodovia se ligava a AL-101, que é conhecida e indicada para se trafegar por se encontrar bem junto ao mar, proporcionando paisagem de rara beleza, ainda mais quando descobrimos que o mar de Alagoas apresenta cores que mesclam o verde e o azul, numa composição bastante bonita.

Já em Alagoas, foto de uma praia em um mirante na estrada AL-101