sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

25 de fev: Montevideo

Fizemos uma viagem tranquila de volta a Colonia del Sacramento. As condiçoes climáticas, dessa vez, estavam favoráveis. Tiramos muitas fotos em Buenos Aires, nos dois dias que ficamos por lá. Merecem um post à parte, posteriormente. Agora, quem nos chama é a Patrícia, nossa cerveja uruguaia preferida. Seguimos nossa viagem pelo Uruguai, no nosso velho Opala, que tem chamado muito a atençao por aqui. Ficaremos uns dias por Montevideo, nesse nosso retorno à cidade, organizando nosso roteiro e conferindo as condiçoes financeiras para a continuidade da nossa viagem. Por enquanto, fiquem com um mapa que ilustra nosso caminho percorrido até agora, desde que saímos de Dom Pedrito, no Rio Grande do Sul, onde passamos o carnaval, depois de sairmos de Porto Alegre.

Daqui seguiremos pela costa atlântica. Tem muita estrada pela frente, ainda...

23 de fev: Buenos Aires

O terminal de passageiros do buquebus fica no Porto Madero, badalado bairro de Buenos Aires. Realmente muito bonito, do ponto de vista arquitetônico.

Nos hospedamos no bairro San Telmo, em um hotel "do nosso naipe" (nada a ver ser gay friendly, sem preconceito!). De cara já vimos que Buenos Aires, além de ser uma cidade grande e bela, tem muito charme. Os preços de alimentaçao e hospedagem, nos bairros tradicionais, sao bons e valem a pena. Acertamos o hotel (Hotel-Lofts San Telmo, recomendado), a incríveis 25 dólares, com ar condicionado, tv a cabo e café da manha, cozinha disponível, etc., e fomos conferir a "tirada artesanal" do chopp local.

Que tal uma "pita" de chopp premium, 500ml à R$5,00?

23 de fev: Ida para Buenos Aires

É, as preocupações tinham razão de ser, “devido as condições climáticas desfavoráveis” como disse o capitão da embarcação, a travessia foi “punk”, muita gente enjoou e nós tivemos que aguentar no osso, afinal só nos restava aguardar o fim da viagem. O "buque" se "movimentando forte por todo o percurso" foi uma diversao à parte. O melhor foi quando entrou meio de lado em uma onda, sendo jogado para o lado com força, ao som de vidros se quebrando (os frascos de perfume do freeshop interno)e mulheres gritando (a Angela nao gritou, estava muito enjoada pra isso, hehehe). Mas o capitao também tinha dito que apesar do balanço nao havia comprometimento da segurança, o que acreditamos para o nosso bem estar psicológico...
A embarcaçao em que viajamos se chama "Flecha de Buenos Aires", da Cia SeaCat Colonia, e faz o percurso de Colonia até a capital porteña em uma hora. É bem menor que os buques da tradicional "Buquebus", e os preços sao inferiores até mesmo aos das viagens de 3 horas da outra companhia.

O nosso "buque" (que viajamos) é esse "filhotinho", se comparado com os da Buquebus. Será que por ser pequeno balançava mais?

Apesar da emocionante viagem, chegamos tranquilos a Buenos Aires. Na foto, a cidade vista do buque. A imagem fica comprometida pelos adesivos vasados da janela.

Algumas coisas sobre Colonia: "la vida no es um juguete"

Há uma campanha no Uruguai, que vimos onde passamos, pelo uso do capacete pelos motociclistas. "La vida no es um juguete, use casco!" (a vida nao é loteria, use capacete), é a chamada, multiplicada em anúncios e cartazes. Se até aqui já achávamos que a campanha era um rotundo fracasso, em Colonia ela é um fiasco. Absolutamente ninguém dá bola para o uso do capacete. E existem muitos veículos de duas rodas, desde motos até vespas, jogs, mobiletes e outros que nem saberia como classificar. Além desses, aluga-se na cidade, para passeios turísticos, ridìculos carrinhos de golf, que andam por todos os lugares com todo o tipo de gente, de pessoas idosas à menores de idade. Esses também andam de moto, sem qualquer preocupaçao.
Estas coisinhas andam por toda a cidade, e tem vários modelos.

No final da tarde, parece que todos os jovens da cidade vao para a orla do Rio de la Plata para correr. Correm como desesperados, vi até um manco correndo. Apesar disso, todos dizem que a cidade é um paraíso: nao há problemas de segurança, ninguém incomoda ninguém... parece que com alguns (muitos?) dólares, por aqui, realmente, pode-se fazer o que quiser. Acho que a explicaçao para a idéia de "paraíso" reside um pouco no fato de que quase todo mundo aqui fuma maconha. Em qualquer lugar, a qualquer hora, tem sempre um "dando um tapinha", sejam os operários de obras no intervalo do almoço, seja o pai passeando com o filho pequeno, sejam as meninas menores passeando na orla...

Mas há outras coisas interessantes em Colonia, lugares bonitos, como a Plaza de los Toros, na foto abaixo.

Os carros antigos, assim como em todo o Uruguay, sao um espetaculo à parte. Em colonia há muitos modelos bem cuidados e inclusive alguns que podem ser alugados, com motorista é claro, já que o dono dificilmente facilitaria os cuidados à outrem.

Serà que se pode dar uma voltinha nessa raridade?

Encontramos ainda em Colonia um bar restaurante muito bom, que além do charme da decoraçao, tem preços e pizzas ótimas, além de cerveja bem gelada. Chama-se Punta Pizza e fica fora do circuito turìstico do centro da cidade.

22 de fev: dia para conhecer Colonia

Tiramos o dia para conhecer e passear por Colônia, compramos passagem para Buenos Aires da Cia. Seacat, com o melhor preço e trajeto rápido (1h). O tempo segue com alguma instabilidade, chove fraco de vez em quando, e a temperatura caiu bastante. Há vento e o Rio de la Plata está com águas agitadas, o que nos preocupa um pouco em relação à travessia para Buenos Aires.
A estaçao do trem está desativada, mas é ponto de visitaçao turística. Fica ao lado do terminal de passageiros do porto, onde saem as embarcaçoes (buques) para Buenos Aires.

21 de fev: Colonia del Sacramento

Seguimos até Colonia del Sacramento (passando por Nueva Palmira e Carmelo, onde tiramos umas fotos).

Em Carmelo, pausa para fotos, antes de seguir até Colonia del Sacramento.

Acertamos pouso em Colonia, na Pousada Posta del Sol. A cidade é bonita, principalmente a parte histórica, mas a hospedagem é cara. A comida e a bebida, fora os lugares mais badalados, têm preço razoável. Resolvemos ficar dois dias, pois daqui iremos atravessar o Rio de la Plata para Buenos Aires.

Casa antiga no centro histórico de Colonia, foto noturna.

21 de fev: na estrada de novo

Demos uma volta por Paysandu, e fomos até Mercedes, em Soriano, onde almoçamos uma parrillada. A cidade é bonita e simpática, mas ainda sofria os efeitos das chuvas dos últimos dias. O Rio Negro, que banha a cidade, está com vários metros acima de seu nível.
Na estrada, entre Paysandu e Fray Bentos.

Apesar da chuva ter parado, em Mercedes ainda vimos a área mais próxima do Rio Negro alagada.

O Opala ficou estacionado em frente à igreja, em Mercedes, enquanto comemos uma parrillada e caminhamos um pouco pela cidade. Muito bonita, por sinal.

20 - 21 de fev: Paysandu

Como a chuva não deu trégua, passamos por Salto e fomos até Paysandu, onde pousamos. A cidade tem um distrito industrial, uma ponte que liga com a Argentina e um porto com algum movimento. Como uma típica cidade uruguiaia, aqui se vê as pessoas dirigindo e tomando mate, seja carro ou moto. A Angela até se surpreendeu uma hora em que vimos um rapaz na garupa de uma moto muito pequena servindo o mate e passando ao outro que pilotava. Tudo isso com a moto andando em pleno centro da cidade, ou seja, coisa mais natural por aqui. Obviamente que ninguém usa capacete. Como no dia seguinte o tempo pareceu estabilizar um pouco, seguimos viagem, mas antes passamos pela área de balneáreo e porto.
No porto, em Paysandu

Ao fundo, cemitèrio de carros antigos em Paysandu, no entrocamento que leva ao distrito industrial. Estao à venda. Alguém se habilita? Só tem raridade...