domingo, 18 de julho de 2010

E O OPALÃO FOI ROUBADO!!!!

A história desse carro poderia terminar de muitas formas e em qualquer lugar, mas infelizmente está se encaminhando para terminar em Porto Alegre mesmo.

Ontem à noite - 17/07/2010 - saímos para encontrar uma amiga em um bar com musica ao vivo no bairro Cidade Baixa, em um lugar badaladíssimo, com muita gente pelas ruas, guardadores de carro, ponto de taxi. Mesmo com tudo isso, o opala foi roubado. Deixamos o carro as 23 horas e quando fomos sair não o encontramos mais, em torno de 1h40 da madrugada. Chovia, fazia muito frio mas mesmo assim tinha muita gente na rua.

O pessoal do ponto de taxi próximo (menos de 20m)e os guardadores relataram que encostou ao lado do opala um Gol antigo, vermelho, com dois caras dentro. Um deles desceu com uma garrafa pet com gasolina (aparentemente)e começou a mexer no opala. Eles não estranharam o movimento achando que era o dono trazendo gasolina para o opalão. E o cara arrombou a porta, deve ter quebrado o cadeado enorme ou a corrente inox que estava no volante, deu a partida e foi embora.

Porto Alegre, cidade maldita que não tem segurança, não tem governo e onde se paga por tudo e por todos, decretou o fim desse carro tão valente que tinha nos levado em tantos lugares.

Estamos na busca agora, contanto com os amigos, porque a polícia militar se recusou a ir no local, a civil ficou fazendo chacota de "mais um na cidade baixa", e nós, bem... nos resta enfrentar essa tremenda ressaca e lamentar pelo ocorrido.

Quero amanhã ou depois postar aqui algo dizendo que encontramos o carro com poucas avarias e tal, mas infelizmente a realidade não nos permite ter muitas esperanças.

segunda-feira, 8 de março de 2010

03 de mar - Punta del Diablo



Saindo de La Pedrera nos mandamos para Punta del Diablo, pela mesma estrada que tínhamos rodado no dia anterior, aquela dos butiazais.


Ah, no caminho paramos para colher butiás maduros...

Nos nossos planos ainda faltava conhecer Punta del Diablo e a Fortaleza de Santa Tereza. Acertamos hospedagem numa pousada em Punta. A praia é linda, exuberantes paisagens, parece muito badalada no verão, cheia de bares, restaurantes, etc. Ficamos instalados não muito próximos da praia, mas com uma vista deslumbrante do lugar. Nossos dias de passeio pelo Uruguai estão chegando ao fim e nada mais justo nos darmos esse direito.

O opala espera, enquanto curtimos a praia em Punta del Diablo

A praia é bonita, merece a visita


Com a grana cada vez mais curta, resolvemos cozinhar na pousada. Mas não resistimos às tentações e na janta rolou um "escabeche de mejillones", que encontramos numa casa de produtos artesanais.

Com um arrozinho branco feito na hora ficou uma delícia. Estão servidos?

02 de mar - Barra de Valizas e Aguas Dulces

Logo vimos que não haveria muita coisa para fazer/ver por La Pedrera, só muitas parrillas (hehehehehe), mas como já tínhamos acertado a hospedagem por dois dias, resolvemos, então, a partir de lá conhecer as praias mais próximas (cerca de 40 quilometros): Barra de Valizas (muito recomendada por um artesão de Montevideo, com quem conversamos) e Águas Dulces.
Barra de Valizas é muito mais que charmosa: é linda, com a barra do arroio Valizas se juntando ao mar e dando aquele tom escurecido às águas marinhas e proporcionando temperaturas mais quentes para estas água.



Barra de Valizas é a cara do casal viajante!

O povoado é muito simples, ainda prevalecem os pescadores e suas habitações, diferente das praias anteriores que estão tomadas por residências de aluguel e por inúmeros bares e restaurantes. Nos lembrou a Guarda do Embaú, em Santa Catarina. Agora sim! Conseguimos comer um pescado frito e uma porção de camarões.

Depois, quando saímos de Barra de Valizas, ficamos na dúvida se voltávamos ou íamos a Águas Dulces, acabamos optando por uma terceira: pegamos uma estradinha de terra (parecida com os corredores das fazendas de Dom Pedrito) para observarmos os Palmares (grande extensão de campos povoados por enormes butiazeiros), achamos uma sombra muito agradável no caminho e tiramos um cochilo, depois resolvemos ir até Águas Dulces, conhecer. Praia pouco urbanizada, agradável e onde aproveitamos para dar uma caminhada pela areia. Voltamos para nossa cabaninha ( La Capilla) onde novamente assamos uma parrilla.


1º de mar - Camping em La Pedrera

Circulamos para conhecer a praia em La Paloma e resolvemos ir para La Pedrera, já que as demais opções de hospedagem, assim como a praia, não estavam muito convidativas. Em La Pedrera, praia menos urbanizada, encontramos uma cabaninha por um preço razoável, em um camping enorme. Tinha apenas as camas, um frigobar e uma parrillera ao fundo do pátio, mas era o que precisávamos e resolvemos acertar logo duas diárias. A praia era charmosa, mas nos frustramos por não conseguir peixe para assar na parrillera.

A praia de La Pedrera

O patrocinador do camping era dos melhores... boa pedida!

Ficamos na pequena cabana, que o pessoal do camping chamada "la capilla". Era pouco maior que o opala, mas tinha tudo o que precisávamos.

28 de fev - E agora, praias do Uruguai...

Partimos de Montevideo, depois de uma parrillada, rumo à costa atlântica. Passamos em Atlântida, em Piriápolis, onde paramos para um mate.
Depois rodamos por Portezuelo e Punta Ballena, chegando até Punta del Este. Não podíamos deixar de conhecer o badalado balneário uruguaio, mas do que tanto falam, não nos admiramos muito. Nos impressionamos, isso sim, com o desagradável odor das praias dessa região, que parece vir do mar. Pra quem acha que riqueza e ostentação eliminam as desagradáveis sensações de uma natureza nem tão pródiga, pode ser uma boa pedida, para nós não.

Punta Ballena

A famosa CasaPueblo, em Punta Ballena

Punta del Este vista de longe...

E o opalão ali, estacionado em Punta Ballena. Que presença!

E finalmente, nossa passagem por Punta del Este...

Seguimos então até Rocha, optando pela cidade porque já se aproximava a noite e a hospedagem poderia ser mais econômica. Grande engano: haviam apenas três hotéis, sendo que o indicado como “mais econômico” estava lotado, e os outros dois pediam mais de 1.300 pesos pela pernoite. Tentamos ainda um hotel na estrada, junto a um paradouro da ruta 9, próximo do trevo de entrada de Rocha. Ficamos mais de meia hora tocando a campanhia em um prédio escuro, que estava aberto e com uma tv ligada, mas não encontramos ninguém (vivo?). Bom para um filme de terror, mas decidimos seguir até uma das praias próximas, apesar da noite.
Próximo do hotel abandonado havia o trevo que dava acesso à ruta que levava às praias La Paloma, La Aguada (Costa Azul) e La Pedrera. Demos carona a um rapaz com um casal de filhos pequenos, do qual aproveitamos as informações sobre possibilidades de hospedagem em La Paloma, onde o mesmo trabalhava na feira de artesanato. Ficamos em La Paloma, em um dos hostels do local. A praia é muito freqüentada e as hospedagens são caras. O camping municipal estava fechado (fim de temporada) e os outros campings chegavam a cobrar 70 dólares pela diária das cabanas. O hostel nos cobrou 44 dólares, com o café da manhã (detalhe: superágio para pagamento com pesos uruguaios, apesar de estarmos no Uruguai!). Tivemos uma idéia do que nos esperava, anda bem que tínhamos jantado (chorizo e pan) em Rocha.

Em La Paloma, o belo Farol de Santa Maria.

26 e 27 de fev - Montevideo é assim...

Uma cidade colorida, com belas paisagens, muitas cores...




Belos monumentos arquitetônicos, como o prédio do Congresso Uruguaio...
O antigo e o moderno se apresentam...
E com a temperatura mais amena, fica bom para apreciar um tinto uruguaio, acompanhado pela boa pizza, é claro.
Ou ainda tomar uma cerveja. Seja de dia ou de noite, a cidade é sempre cheia de vida, e de opções. Essa Patricia caiu bem depois de um espetáculo da Orquestra Filarmonica de Montevideo, acompanhada de dois músicos regionais: Barbanois & Carrero. Tudo de graça em plena praça!

25 de fev - Chegamos a Montevidéo

Saindo de Colônia ainda tentamos encontrar hospedagem em algumas das praias do Rio de La Plata, mas foram infrutíferas nossas tentativas. Fomos então parar direto em Montevidéo.

No final da tarde, aproveitamos para caminhar pelas ruas e tomar um mate, apreciando a paisagem da capital uruguaia, revisitada, mas sempre com novas descobertas.E agora? Me terminou o mate...

O movimento da cidade...

E a temperatura caiu bastante. Será que já terminou o verão no Uruguai?

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

25 de fev: Montevideo

Fizemos uma viagem tranquila de volta a Colonia del Sacramento. As condiçoes climáticas, dessa vez, estavam favoráveis. Tiramos muitas fotos em Buenos Aires, nos dois dias que ficamos por lá. Merecem um post à parte, posteriormente. Agora, quem nos chama é a Patrícia, nossa cerveja uruguaia preferida. Seguimos nossa viagem pelo Uruguai, no nosso velho Opala, que tem chamado muito a atençao por aqui. Ficaremos uns dias por Montevideo, nesse nosso retorno à cidade, organizando nosso roteiro e conferindo as condiçoes financeiras para a continuidade da nossa viagem. Por enquanto, fiquem com um mapa que ilustra nosso caminho percorrido até agora, desde que saímos de Dom Pedrito, no Rio Grande do Sul, onde passamos o carnaval, depois de sairmos de Porto Alegre.

Daqui seguiremos pela costa atlântica. Tem muita estrada pela frente, ainda...

23 de fev: Buenos Aires

O terminal de passageiros do buquebus fica no Porto Madero, badalado bairro de Buenos Aires. Realmente muito bonito, do ponto de vista arquitetônico.

Nos hospedamos no bairro San Telmo, em um hotel "do nosso naipe" (nada a ver ser gay friendly, sem preconceito!). De cara já vimos que Buenos Aires, além de ser uma cidade grande e bela, tem muito charme. Os preços de alimentaçao e hospedagem, nos bairros tradicionais, sao bons e valem a pena. Acertamos o hotel (Hotel-Lofts San Telmo, recomendado), a incríveis 25 dólares, com ar condicionado, tv a cabo e café da manha, cozinha disponível, etc., e fomos conferir a "tirada artesanal" do chopp local.

Que tal uma "pita" de chopp premium, 500ml à R$5,00?

23 de fev: Ida para Buenos Aires

É, as preocupações tinham razão de ser, “devido as condições climáticas desfavoráveis” como disse o capitão da embarcação, a travessia foi “punk”, muita gente enjoou e nós tivemos que aguentar no osso, afinal só nos restava aguardar o fim da viagem. O "buque" se "movimentando forte por todo o percurso" foi uma diversao à parte. O melhor foi quando entrou meio de lado em uma onda, sendo jogado para o lado com força, ao som de vidros se quebrando (os frascos de perfume do freeshop interno)e mulheres gritando (a Angela nao gritou, estava muito enjoada pra isso, hehehe). Mas o capitao também tinha dito que apesar do balanço nao havia comprometimento da segurança, o que acreditamos para o nosso bem estar psicológico...
A embarcaçao em que viajamos se chama "Flecha de Buenos Aires", da Cia SeaCat Colonia, e faz o percurso de Colonia até a capital porteña em uma hora. É bem menor que os buques da tradicional "Buquebus", e os preços sao inferiores até mesmo aos das viagens de 3 horas da outra companhia.

O nosso "buque" (que viajamos) é esse "filhotinho", se comparado com os da Buquebus. Será que por ser pequeno balançava mais?

Apesar da emocionante viagem, chegamos tranquilos a Buenos Aires. Na foto, a cidade vista do buque. A imagem fica comprometida pelos adesivos vasados da janela.

Algumas coisas sobre Colonia: "la vida no es um juguete"

Há uma campanha no Uruguai, que vimos onde passamos, pelo uso do capacete pelos motociclistas. "La vida no es um juguete, use casco!" (a vida nao é loteria, use capacete), é a chamada, multiplicada em anúncios e cartazes. Se até aqui já achávamos que a campanha era um rotundo fracasso, em Colonia ela é um fiasco. Absolutamente ninguém dá bola para o uso do capacete. E existem muitos veículos de duas rodas, desde motos até vespas, jogs, mobiletes e outros que nem saberia como classificar. Além desses, aluga-se na cidade, para passeios turísticos, ridìculos carrinhos de golf, que andam por todos os lugares com todo o tipo de gente, de pessoas idosas à menores de idade. Esses também andam de moto, sem qualquer preocupaçao.
Estas coisinhas andam por toda a cidade, e tem vários modelos.

No final da tarde, parece que todos os jovens da cidade vao para a orla do Rio de la Plata para correr. Correm como desesperados, vi até um manco correndo. Apesar disso, todos dizem que a cidade é um paraíso: nao há problemas de segurança, ninguém incomoda ninguém... parece que com alguns (muitos?) dólares, por aqui, realmente, pode-se fazer o que quiser. Acho que a explicaçao para a idéia de "paraíso" reside um pouco no fato de que quase todo mundo aqui fuma maconha. Em qualquer lugar, a qualquer hora, tem sempre um "dando um tapinha", sejam os operários de obras no intervalo do almoço, seja o pai passeando com o filho pequeno, sejam as meninas menores passeando na orla...

Mas há outras coisas interessantes em Colonia, lugares bonitos, como a Plaza de los Toros, na foto abaixo.

Os carros antigos, assim como em todo o Uruguay, sao um espetaculo à parte. Em colonia há muitos modelos bem cuidados e inclusive alguns que podem ser alugados, com motorista é claro, já que o dono dificilmente facilitaria os cuidados à outrem.

Serà que se pode dar uma voltinha nessa raridade?

Encontramos ainda em Colonia um bar restaurante muito bom, que além do charme da decoraçao, tem preços e pizzas ótimas, além de cerveja bem gelada. Chama-se Punta Pizza e fica fora do circuito turìstico do centro da cidade.

22 de fev: dia para conhecer Colonia

Tiramos o dia para conhecer e passear por Colônia, compramos passagem para Buenos Aires da Cia. Seacat, com o melhor preço e trajeto rápido (1h). O tempo segue com alguma instabilidade, chove fraco de vez em quando, e a temperatura caiu bastante. Há vento e o Rio de la Plata está com águas agitadas, o que nos preocupa um pouco em relação à travessia para Buenos Aires.
A estaçao do trem está desativada, mas é ponto de visitaçao turística. Fica ao lado do terminal de passageiros do porto, onde saem as embarcaçoes (buques) para Buenos Aires.